Recebo por e-mail a narrativa de um acidente ocorrido ontem, sexta-feira (11), por volta das 19h. O relato, publicado na íntegra, é de Jocemar Leandro de Oliveira, Técnico de Segurança do Trabalho da Cotrisoja. "Hoje por volta das 19h. quando voltava para a cidade onde resido (Não-Me-Toque) presenciei um acidente de carro a minha frente. Na estrada entre Lagoa Três Cantos e Não-Me-Toque mais precisamente na curva do campo da Vila Conceição, um Pálio prata com placas de Carazinho fez a ultrapassagem em meu carro e acabou por perder a direção logo à frente, na curva fechada, próximo da granja Wiedthauper vindo a derrapar no acostamento e bater no barranco da pista contrária, e capotando. Fui a primeira pessoa que prestou o atendimento às vítimas, um casal com um filho. O desespero era total dentro do veículo, além de ter uma criança de aproximadamente três anos e chorava muito. Nessas horas a adrenalina toma conta e você se depara com segundos de um branco na memória. Consegui tirar o menino pelo vidro traseiro do carro que tinha quebrado e caído fora. O pai (Luís) vinha saindo rastejando logo em seguida e a esposa ficou presa pelo cinto e o pai voltou ajudar. Por sorte todos usavam o cinto de segurança e o guri estava na cadeira de proteção para menores. Ninguém aparentemente se machucou com gravidade, ao menos aparentemente. Quando a mãe saiu pegou o menino no colo e sentou no chão. Liguei para a Brigada Militar de Não-Me-Toque e pedi ajuda imediatamente. Enquanto conversavam o casal acalmava o filho, os carros foram se aglomerando no acostamento e deixei-os a sós, para sinalizar o local com alguns arbustos que estavam no acostamento. Resumindo: desesperador, embora para uma pessoa que está acostumada a trabalhar dia-a-dia com acidentes de pessoas, ainda mais num escuro total como o acontecido. A Brigada Militar foi bem prestativa, chegando rapidamente e encaminhando a mãe e o filho ao hospital para exames e procedimentos mais precisos. Ainda tinha esquecido de comentar que eles estavam vindos de um velório, mas não sei precisar de onde. Não tirei fotos embora estivesse com a câmera no carro, pois no momento a prioridade foi tentar ajudar. Acho que é isto. Abraço Jocemar".
Postado por Leonardo Mayer
as 12.5.12
e tem
4 comentarios >
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Narrativa digna de um jornalista profissional e percebe-se que a pessoa é inteligente, com um raciocínio de análise da situação invejável. Parabéns pelas atitudes tomadas durante o episódio e pela maneira como o narrou.
Milton
NOSSA FIQUEI MUITO EMOCIONADA MILTON ESSAS PESSOAS TRATA SE DE MINHA PRIMA O MARIDO E MEU AFILHADO AMADO ARTHUR,EU FUI A PRIMEIRA PESSOA DA FAMILIA A SABER POIS MINHA PRIMA ME LIGOU ELA ESTAVA EM ESPUMOSO NO VELORIO DE NOSSA VÓ...FICO MUITO AGRADECIDA POR TUDO TB AGRADESO A DEUS ACIMA DE TUDO,E FICA AQUI UMA ALERTA E UM APELO CINTO DE SEGURANÇA SEMPRE.
RETIFICANDO NÃO É MILTON E SIM JOCEMAR
Bem como postado no comentário acima: um relato digno de jornalista profissional. Apesar da quase tragédia, para quem conhece aquele trecho da rodovia, todas as cautelas são poucas para fazer aquela curva, que é um cotovelo, e ademais a pista é irregular. Mas, de qualquer forma, acidentes acontecem. Sorte das pessoas envolvidas que próximo estava uma pessoa como o Jocemar, prestativo, solidário, humano (poderia ter tirado fotos, mas o principal era socorrer as pessoas ...). De pessoas assim que o mundo precisa. Abraço Joce. (p/ Jaime A. Borges - Não-Me-Toque)
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